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Alimentos fortificados: saúde na indústria

Alimentos fortificados, também conhecidos como enriquecidos, são alimentos que apresentam alterações em sua composição básica, resultantes da adição de nutrientes e/ou micronutrientes, como vitaminas e sais minerais.

Imagem com um contorno laranja e o logotipo da qualimentos, onde contém alimentos como bolo, pão e donnuts salgado e um copo de leite sobre uma mesa de madeira
Os alimentos fortificados ou enriquecidos apresentam um importante papel na alimentação e manutenção da saúde.

A adição de tais compostos, desde que realizada de maneira correta, respeitando os limites estabelecidos pela legislação, confere diversos benefícios para a saúde do consumidor. Um exemplo muito comum está na prevenção de deficiências pela falta de vitaminas e sais minerais.

Além de terem sido implementados no mercado no século passado, esses alimentos podem ser facilmente encontrados. Tradicionalmente, temos como exemplo:

  • o leite, pois pode ser enriquecido com vitamina D;
  • a margarina, já que pode ocorrer a adição de vitaminas A e D;
  • as farinhas e produtos de panificação.

A fortificação é uma estratégia muito eficaz para combater problemas de saúde com origem alimentar devido a falta de ingestão de compostos, como Iodo e ferro.

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Ao redor do mundo

Países, como Chile, México e Venezuela conseguiram reduzir significativamente o índice de anemia, proveniente da deficiência de ferro no organismo. Dentre eles, jovens e crianças são os grupos mais suscetíveis a esse tipo de problema. A partir disso, o governo Mexicano constatou que aproximadamente 50% das crianças entre 1 e 2 anos de idade sofriam de anemia, bem como 20% das crianças em idade escolar.

Com a finalidade de combater o problema, o governo criou um programa em conjunto com indústrias e faculdades, para fortificar o leite com ferro e outros minerais. Como resultado, houve uma redução de 25% no índice de anemia após 6 meses do consumo do alimento.

Outro grande exemplo de sucesso dos alimentos fortificados é o iogurte da Grameen Danone. Esse produto é fruto da união da empresa francesa Danone e de Muhammad Yunus, fundador do banco indiano de microcrédito Grameen. Tal união ocorre pela preocupação com o alto nível de desnutrição entre as crianças indianas, que ultrapassava a marca 9,5 milhões.

O iogurte desenvolvido foi fortificado com ferro, zinco, iodo e vitamina A, nutrientes essenciais para a saúde e crescimento das crianças. Além de enriquecido, o alimento também foi comercializado em um preço acessível para possibilitar que ainda mais crianças tivessem acesso ao produto. O iogurte foi concebido com a intenção de ser consumido ao menos duas vezes na semana. Dessa maneira, ao longo de um ano a criança não teria mais desnutrição.

Em síntese, o projeto foi um sucesso. Atualmente a Grameen Danone atinge mais de 800 mil crianças em Bangladesh, mostrando claramente o grande impacto que a indústria de alimentos pode gerar.

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Alimentos fortificados no Brasil

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) regula questões relacionadas à fortificação e enriquecimento de alimentos. Assim, ela é quem determina os limites para as quantias adicionadas, evitando que ocorra ingestão excessiva ou em quantias que não causem efeitos significativos.

A fortificação de alimentos com ferro é uma das mais tradicionais no Brasil, visto que a anemia ferropriva (deficiência de ferro) é comum no país, com mais de 2 milhões de casos por ano. Diversos estudos publicados comprovam a importância desta técnica. Por exemplo, um estudo realizado por pesquisadores em Manaus, que suplementaram ferro em farinhas de mandioca, obtendo uma redução de 22,7% para 8% no nível de anemia em crianças que consumiram o alimento.

Além disso, a indústria de alimentos é um poderoso agente transformador. Ela pode impactar diretamente a saúde dos consumidores, auxiliar no combate à desnutrição e outros problemas de saúde, além de democratizar o acesso à alimentos de qualidade e seguros. Suplementar alimentos de grande apelo popular e acessíveis economicamente é muito importante, pois permite que indivíduos e famílias com menor poder de compra tenham acesso à mais produtos nutritivos, seguros e que auxiliam no combate a problemas de saúde.

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