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Alimentos transgênicos: mitos e verdades

Os alimentos transgênicos ou O.G.M. (organismos geneticamente modificados) são aqueles cujo genoma foi modificado com o objetivo de atribuir-lhe uma nova característica ou alterar alguma característica já existente.

Esse genoma pode ser modificado pela inserção ou eliminação de um ou mais genes por meio de técnicas específicas.

Eles surgiram no início dos anos 80, e mesmo a sua comercialização trazendo várias polêmicas, as empresas, os produtores e os cientistas que defendem a nova tecnologia dizem que ela vai aumentar a produtividade e baratear o preço do produto, além de permitir a redução dos agrotóxicos utilizados. Por outro lado, existe uma parcela de pesquisadores e ambientalistas que afirmam que o produto é perigoso, pois ainda não conhecemos seus efeitos a longo prazo e nem o impacto que pode causar ao meio ambiente.

Quais são os alimentos transgênicos mais consumidos?

A soja e o milho são os principais, sendo produzido para a fabricação de óleo, e derivados do milho como: cereais, óleo, farinhas, massas, bebidas e xaropes. Outros alimentos como feijão, cana de açúcar, leite, abobrinha, batata, arroz, mamão papaya, maçã, salmão, abóbora, beterraba, canola, tomate, berinjela, morango, mandioca e batata também podem ser transgênicos. Comparando os alimentos transgênicos com os comuns, não é possível observar nenhuma diferença física entre eles.

É possível verificar se o alimento é transgênico através do símbolo composto por um triângulo amarelo com a letra “T” ao centro. Esse símbolo atualmente é obrigatório nas embalagens dos produtos transgênicos, para que o consumidor possa identificar e escolher se quer ou não fazer uso daquele produto. Ademais, o direito a essa informação é assegurado pelo decreto nº4680, de 24 de abril de 2003.

Pontos positivos e negativos da utilização de alimentos transgênicos

A utilização dos alimentos geneticamente modificados contribui para o aumento da produtividade; assim como há uma maior resistência a pragas e durabilidade no que diz respeito à estocagem e armazenamento. Há também a melhoria no conteúdo nutricional, como por exemplo, um feijão geneticamente modificado por inserção de gene da castanha do Pará passa a produzir metionina – um aminoácido essencial para a vida. O alimento também, pode ter a função de prevenir, reduzir ou evitar riscos de doenças, através de plantas geneticamente modificadas para produzir vacinas, ou iogurtes fermentados com microrganismos geneticamente modificados que estimulem o sistema imunológico. Por outro lado, o lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado completamente; o que pode causar resultados inesperados uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser afetados. Isso poderia ocasionar efeitos adversos nos alimentos transgênicos.

Uma série de riscos vindos dos alimentos transgênicos para a saúde estão sendo levantados e questionados, como: o aumento das alergias, resistência aos antibióticos, aumento das substâncias tóxicas e dos resíduos nos alimentos. Com relação a segurança alimentar em prol do bem estar da população, é necessário um aprofundamento nas pesquisas, para que se possa consumir esses alimentos sem riscos à saúde.

A comunidade científica ainda não chegou a um consenso a respeito da segurança dos transgênicos para a saúde humana e para o meio ambiente. No entanto, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura e a Organização Mundial da Saúde enfatizam que estes não apresentam riscos.

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