A tabela nutricional é importante para a comunicação entre os produtores e consumidores. Sendo uma ferramenta que facilita o conhecimento da composição do alimento e pode afetar as escolhas de consumo, refletindo na saúde do consumidor. Por conta disso as informações precisam ser claras e precisas, levando em consideração que o rótulo é importante tanto para o produtor quanto para o comprador.
De acordo com uma matéria da revista Gazeta do povo as informações nutricionais que hoje estão expostas nos rótulos das embalagens de comidas e bebidas apareceram em 1993, após o FDA (Federal Drug Administration), agência norte-americana que regula a área, torná-las obrigatórias. Antes disso os consumidores não sabiam dos ingredientes contidos nos produtos que consumiam, o que acabava agravando algumas doenças e dificultando a hora de fazer escolhas mais saudáveis.
Já no Brasil, com o intuito inicial de melhorar a alimentação e atenuar a desnutrição no hemisfério sul, essa obrigatoriedade surgiu dez anos mais tarde. Em 2003 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que as informações básicas deveriam constar nos rótulos de produtos alimentícios vendidos no Brasil.
Impacto da Tabela Nutricional na Saúde Pública
A tabela nutricional pode muitas vezes passar despercebida aos olhos de alguns consumidores, porém é o fator de decisão para outros. Apesar da mesma não apenas um indicador de carboidratos, lipídeos, proteínas e afins, mas uma estratégia para reduzir os índices de sobrepeso, obesidade e doenças, associados ao consumo de alimentos.
De acordo com a FDA, a diminuição do consumo de Gordura Trans pelos americanos caiu pela metade em 20 anos. Mesmo havendo alterações na produção de alimentos durante esse período, como à redução de uso dos óleos hidrogenados, a maior queda ocorreu após a introdução do valor de Gordura Trans nos rótulos dos alimentos em 2003.
A tendência é que cada vez mais aumente o número de consumidores que lêem as tabelas nutricionais dos alimentos. Mas a questão é que esses consumidores sempre tem um motivo, por exemplo:
- Procurando por algo específico como proteínas ou fibras.
- Evitando algo específico como açúcar, sódio, gordura, etc.
- Apenas começando uma dieta
- Checando a veracidade de alimento saudável feito na embalagem
- Estabelecendo tamanho de porção
Fator de Decisão para os Consumidores
O mercado muda constantemente e com isso observa-se que os consumidores se preocupam mais com o que eles comem e porque comem, trazendo um fator muito importante para a decisão do consumidor que é a saudabilidade.
Sendo assim, optando por diferentes marcas, presença de agrotóxicos, o valor nutricional, e diversos outros parâmetros, podem fazer com que o consumidor escolha ou não a sua marca.
Por conta disso, mesmo que a tabela nutricional não seja obrigatória em muitos casos, muitos empresários acabam optando pelo uso estratégicos da tabela nutricional. Isso pode servir para gerar valor para o produto e para a marca, ajudando no posicionamento de mercado, e inspirando confiabilidade e fidelizar clientes.
Alavancar Vendas e Fidelizar Clientes
De acordo com o site Promtec, atualmente os clientes buscam cada vez mais transparência em relação aos produtos que costumam consumir, pesquisando sobre sua composição e opções mais saudáveis, por isso existem normas severas que regulamentam as rotulagens dos produtos. Diferente da publicidade, que está autorizada e já é conhecida por usar métodos persuasivos, as informações nutricionais devem ser factuais e o mais objetivas possível.
A tabela nutricional não transmite só a transparência mas também os valores da empresa e a preocupação que ela tem com os seus clientes, isso faz com que o consumidor se sinta mais seguro no produto que está levando pra casa, tornando uma estratégia para alavancar as vendas e fidelizar clientes.
Personalizando a Tabela Nutricional
Infelizmente não é possível personalizar a tabela nutricional, sabendo que no Brasil, a Anvisa é a responsável por regulamentar a Rotulagem Nutricional Obrigatória (RNO). A mesma faz parte de uma política nacional para a redução dos índices de sobrepeso, obesidade e de outras condições relacionados aos hábitos alimentares da população.
As leis referentes à tabela nutricional mudaram muito ao longo dos anos, as primeiras leis que estabelecem procedimentos e critérios para as informações que deveriam aparecer nos rótulos são do final da década de 1960.
Desde então muita coisa mudou, foram acrescentadas informações referentes ao sódio, ferro, cálcio, colesterol e gorduras saturadas, houve a padronização com a mensagem “contém glúten” nos rótulos de alimentos e bebidas com esse nutriente e também foram estabelecidas a obrigatoriedade do valor energético e de nutrientes, como proteínas, carboidratos etc.
Mas o que é obrigatório atualmente? De acordo com a legislação a tabela nutricional deve conter:
- Valor energético e teor de proteínas
- Carboidratos, fibra alimentar, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans e sódio.
- A informação nutricional expressa em g ou ml por porção, sempre com a medida caseira correspondente e o percentual do valor diário estabelecido (%VD) para cada um dos nutrientes.
Mas não são todos os produtos que devem conter uma tabela nutricional, de acordo com a ANVISA estão excluídos da rotulagem nutricional:
- Alimentos como embalagens cuja superfície seja menor ou igual a 100 cm2
- Carnes, vegetais e frutas in natura, refrigerados e congelados (com exceção das pré-embaladas na ausência do cliente)
- Produtos fracionados no estabelecimento, café, erva mate, chá e outras ervas sem adição de outros ingredientes, bebidas alcoólicas, entre outros.
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