A cerveja é considerada a bebida alcoólica mais consumida no mundo e no Brasil. O Brasil, é considerado o terceiro maior produtor em todo mundo, com uma produção que chega a 13 bilhões de litros/ano, ficando apenas atrás dos Estados Unidos e China. Com isso, o mercado de cerveja artesanal vem ganhando grande destaque.
Um pouco de sua história
Muitos acreditam que a cerveja tenha nascido no Oriente Médio ou no Egito por achados de arqueólogos no século XIX, onde foi encontrado resíduos de cevada em escavações em tumbas de Faraós. Já os primeiros campos de cultura de cereal surgiram na Ásia Ocidental por volta de 9000 a.C. Acredita-se que os agricultores primitivos colhiam os grãos e os transformavam em farinha, sendo daí que surgiu a lenda que diz que o que fixou o homem foi a necessidade de produzir pão e cerveja.
A cerveja foi se disseminando aos poucos, mas sempre de forma informal e artesanal, passando com bastante força pelo Egito. Na época do império romano, onde perdeu um pouco sua força devido à grande importância que os romanos davam ao vinho e impunham aos seus conquistados tais costumes, porém os bárbaros ainda a consumiam de forma abundante. Reavendo sua força na época da idade média onde até então era uma produção totalmente caseira. Até as produções se darem nos mosteiros onde a formação dos monges fez a busca por tecnologias e técnicas de fabricação, o que gerou a primeira produção de cerveja em maior escala.
No Brasil, a cerveja ganhou maior expressividade durante o domínio holandês em Pernambuco, 1630-1654, onde passou a se tornar presente em diversas festividades no local. Já, a cerveja artesanal teve a região de Blumenau/SC como um de seus primeiros polos de produção, que ainda hoje mantém algumas de suas micro cervejarias, consideradas por muitos as mais tradicionais de todo país.
Classificação da cerveja
A classificação da cerveja pode ser feita pela cor, matéria prima, modo de produção e teor alcoólico. A região que a cerveja é produzida também pode interferir em marcas do mesmo estilo. A cerveja passa por um processo de fermentação que acaba definindo o seu teor alcoólico. E por fim, se classifica em três grupos, ALE (alta fermentação que significa teor alcoólico mais alto) LAGER (que são as de baixa fermentação ou seja, teor alcoólico menor) e por último as Lambic (que tem fermentação espontânea).
A cerveja artesanal
Nos últimos anos, a produção da cerveja artesanal aumentou consideravelmente no Brasil. Nos Estados Unidos, esse segmento é chamado de Craft-Brewing, e tem se mostrado promissor, conquistando mais apreciadores da bebida. Alguns dos fatores que contribuíram para esse aumento foram a questão do hobby das pessoas apaixonadas pela cerveja artesanal. A curiosidade pela produção e até mesmo a possibilidade de um novo negócio.
Mas, como não são poucas as pessoas que enxergam uma oportunidade nesse ramo, a competitividade vem aumentando. Vários tipos de cervejas vem sendo criados, a fim de se destacar em relação à concorrência e apresentar um produto único a seu consumidor.
O produtor de cerveja artesanal precisa entender que seu foco não é produzir em grande escala, mas que seu diferencial está em produzir em pequenas quantidades. Através de um processo de fermentação relativamente lento, porém com alta qualidade, selecionando cuidadosamente seus ingredientes. O resultado é um produto único com alto valor agregado, diferente do que é apresentado pelas grandes empresas líderes do setor.
Além dos principais ingredientes utilizados na produção de cerveja, como água, malte, lúpulo e leveduras; outros tipos de ingredientes, como ervas aromáticas, frutas, raízes, condimentos, plantas, flores, madeiras, açúcares e sementes. Estes itens podem ser incorporados na fabricação, a fim de mudar o aroma, cor e sabor, criando um produto único.
Assim, as micro cervejarias se caracterizam em sua maioria por serem de origem familiar, com instalações mais simples, produzindo cerveja ou chope do tipo especial. Em pequenas quantidades, utiliza ingredientes especiais e segue receitas tradicionais. No entanto, hoje as grandes cervejarias já vêm adotando uma postura diferente, por sentirem que o mercado em geral está atrás de uma cerveja de maior qualidade. Com isso, vem ocorrendo a grande ação de divulgação e desenvolvimento de linha das grandes produtoras de cerveja como a Ambev de rótulo “puro malte”.
E como podemos te ajudar?
Para um produtor de cerveja artesanal estar apto a competir com outras marcas de cervejas no mercado, considera-se indispensáveis as pesquisas de caráter científico com a finalidade de desenvolvimento de novos produtos. Por ser uma bebida com características artesanais, produzidas com matérias-primas de alta qualidade, resultando em um produto único com características agradáveis.
Além disso, para lançar um produto no mercado, a rotulagem completa é uma etapa fundamental. Nela as informações contidas no rótulo devem ser corretas, verdadeiras e comprovadas cientificamente. No caso de cervejas artesanais, a legislação baseia-se segundo a Instrução Normativa n°65, de 10 de dezembro de 2019, que estabelece os padrões de identidade e qualidade para os produtos de cervejaria.
A rotulagem também deve estar de acordo com o estabelecido nos regulamentos técnicos específicos, referentes à rotulagem de alimentos embalados. A lista de ingredientes constante do rótulo de cada cerveja deve apresentar, de modo claro, preciso e visível, os nomes de todos os ingredientes utilizados, em ordem decrescente, inclusive os aditivos. Além disso, no caso da utilização de adjuntos cervejeiros, a lista de ingredientes deve apresentar a denominação real do vegetal que lhe deu origem.
Assim, pesquisas de caráter científico que auxiliam no desenvolvimento de cervejas artesanais, além de uma rotulagem correta e informativa desse tipo de bebida são fundamentais para a criação de um produto único e de alta qualidade, apto para estar se destacando no mercado. Quer saber mais sobre este mercado e como podemos te ajudar?