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A crise pode melhorar seu negócio?

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A crise gerada pela pandemia do novo Corona vírus mudou o cenário positivo de progresso do Brasil para um presente um tanto caótico. O que dizer então de um futuro incerto para o mercado? A paralisação do comércio e de setores não essenciais afetam o abastecimento e o escoamento de produtos, deixando muitos setores em crise. Porém em chinês a palavra “crise” pode também possuir os significados “risco” e “oportunidade”. Pensando assim, o cenário de crise e o alto risco de fechar as portas, forçam a a liderança a tomar atitudes para abrir novas oportunidades.

A crise começa testando a capacidade das empresas de reinventar e se adaptar à realidade do momento, e terminam deixando uma marca nos negócios. Negativa ou positiva. Com isso, a crise força a inovação. O que diferencia as crises anteriores da atual, é a velocidade em que ocorreram os fatos marcantes. Mudanças que levariam anos para implantação, hoje estão sendo tratadas como prioridades e sendo realizadas em prazos muito menores, desestabilizando empresas menores ou até mesmo levando pequenos negócios a fechar as portas. Mas será que esse cenário caótico e sem precedentes, não trás com ele também diversas oportunidades inéditas ?

 É o caso de restaurantes e bares que, por serem impedidos de abrir as portas, investiram no delivery. Mesmo com a flexibilização do isolamento social, vários bares de São Paulo só poderão abrir as portas durante o dia, forçando estratégias para atender o maior número de clientes possíveis em poucas horas. Há também a perda de clientes para restaurantes que antes serviam apenas o cardápio de jantar, ou bares noturnos. Uma saída inteligente foi acrescentar ao cardápio de entregas, cervejas artesanais e porções, para que o cliente possa consumir a noite, como de costume, mesmo que não esteja no bar.

Como a crise afeta a industria de alimentos

Para a indústria de alimentos a mudança está sendo ainda mais profunda. Embora não parassem por completo, muitas industrias tiveram suas atividades comprometidas e operam com restrições, sendo obrigadas a buscar soluções criativas para manter o faturamento. É o exemplo da multinacional Alegra, que produz carne suína. Mesmo com o início da pandemia, em abril a empresa cresceu 3% mais do que comparado com abril de 2019. Uma das estratégias adotadas foi redirecionar suas vendas, já que o mercado brasileiro passou a consumir menos carne suína, a empresa mudou seu público alvo e passou a vender muito mais no exterior.

Muitas empresas que antes não vendiam produtos diretamente no varejo, mas sim para outras empresas, como fornecedores de matéria prima, agora estão chegando até o consumidor por meio do delivery. Assim elas cortam as lojas intermediárias e chegam diretamente ao cliente. Atualmente, essa solução veio apenas para sanar a necessidade de manter o faturamento, mas posteriormente poderá aumentar o leque de oportunidades e evitar problemas na distribuição de produtos. 

Outro exemplo é o uso de máscaras e o maior cuidado com a higienização das mãos, que também será um hábito levado para o pós crise e beneficiará a indústria de alimentos, evitando diversos problemas de contaminação no futuro. Afinal, nesse cenário a prioridade não é só a qualidade dos produtos, mas também a saúde dos colaboradores e do ambiente da fábrica e dos distribuidores. Os ganhos podem não ser tão aparentes à primeira vista, mas contribuirão para uma melhora nos alimentos e serviços.  Essa mudança incentiva também esses estabelecimentos a manter os hábitos e estratégias aprendidos com a pandemia.

Portanto, a crise é também uma oportunidade para a indústria de alimentos tornar seus negócios mais sólidos, diversificados, seguros e lucrativos. A crise pode servir de combustível para ideias que farão o seu negócio decolar. Que tal aproveitar esse cenário para melhorar sua embalagem e entregar um produto caseiro mais seguro e profissional? Que tal investir em um novo produto? Ou melhorar algum produto que você já tenha para que ele dure muito mais tempo?