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Restrições Alimentares e a necessidade de inovação do setor de alimentos

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Constantemente vemos nas gôndolas dos supermercados diversos produtos denominados “zero lactose”, “zero açúcar” ou até mesmo “livre de glúten”. Tais produtos alimentícios são direcionados principalmente para as pessoas que apresentam restrições alimentares.

As restrições alimentares ocorre quando há a redução ou a não ingestão de um determinado alimento ou bebida. De acordo com cada indivíduo, a “resposta” dada pelo seu organismo a partir da ingestão de um alimento pode apresentar sintomas adversos à saúde. Com isso, é necessário fazer uma mudança dos hábitos alimentares.

A diferença entre reação alérgica e reação não-alérgica

Como dito anteriormente, as reações alérgicas são reações adversas associadas, geralmente, com a ingestão de um alimento ou uma bebida. Elas podem ser responsáveis por desconfortos gastrointestinais, respiratórios e até mesmo com o surgimento de regiões avermelhadas na pele, além da coceira. 

Já as reações infecciosas relacionadas com a ingestão de algum alimento está associada com a presença de microorganismos, ou seja, quando há uma contaminação. A doença causada por tais alimentos  é denominada, genericamente, de DTA’s, abreviação para Doenças Transmitidas por Alimentos. Um exemplo muito claro disso é a salmonelose, doença causada pelo microorganismo patogênico Salmonella sp., responsável por causar uma intoxicação alimentar, provocando sintomas adversos.

Entretanto, não é só um alimento contaminado que pode ser o agente causador de uma reação não alérgica. Junto a ela, também está a intolerância ou hipersensibilidade a algum componente de um alimento.

Quer saber mais sobre as DTA’s? Então acesse o nosso texto Segurança de Alimentos: Como prevenir doenças transmitidas por alimentos?

Quais são as restrições alimentares mais comuns?

Dentre as restrições alimentares que mais atinge pessoas na sociedade, podemos citar essas 3 abaixo:

  • Intolerantes ou Alérgicos à lactose;
  • Celíacos;
  • Diabéticos;

Vale lembrar que elas não são as únicas! Por exemplo, existem pessoas que são alérgicas a amendoins e frutos do mar.

Além disso, também existem aquelas pessoas que optam por uma alimentação alternativa, associada a uma crença ou valores individuais, como por exemplo os vegetarianos e veganos.

Intolerância a Lactose

Você sabe o que é a lactose? Ela é um dissacarídeo, ou seja, é um carboidrato composto por unidades de glicose e galactose, e está presente no leite e nos produtos que derivam do mesmo.

E por que há pessoas intolerantes à lactose? A resposta para isso está ligada com a enzima lactase, responsável por fazer a “quebra” da lactose em glicose e galactose. Quando se é intolerante, existe uma certa deficiência em relação a essa enzima e a quantidade de lactose presente no organismo, não conseguindo realizar essa quebra. Com isso, o carboidrato não digerido é encaminhado para o intestino, onde sofrerá uma fermentação anaeróbica e consequentemente haverá a produção de gases. Portanto, a ingestão de produtos lácteos é responsável por incômodos gastrointestinais.

Como fonte alternativa de consumo, atualmente é possível encontrar nos supermercados leites de origem vegetal, como os de soja e o de amêndoas. Além disso, as indústrias de alimentos também aplicam técnicas de processamento, de forma a se retirar a lactose, por meio da ultrafiltração. Entretanto, existe uma prática mais comum realizada pela indústria de lácteos: a adição da enzima no produto, que pode conferir um sabor mais doce.

Dessa forma, ainda é possível consumir os alimentos de origem animal, basta se atentar aos rótulos dos alimentos! Se for um alimento voltado para o público consumidor com essa restrição, a embalagem irá conter “Zero Lactose”!

Doença Celíaca

Você sabe o que é o glúten? Presente naturalmente em alguns cereais como a cevada e o trigo, o glúten é uma proteína, também composta por 2 outras proteínas: a gliadina e a glutanina.

Caracterizada como uma doença autoimune, a doença celíaca ocorre em pessoas cujo organismo não consegue ou tem dificuldades em digerir o glúten. Com isso, ao ingerir alimentos que contenham essa proteína, apresentarão dores e desconfortos abdominais.

Diferente dos intolerantes à lactose, os celíacos não podem consumir alimentos com a presença de glúten. Com isso, a opção é escolher alimentos que não utilizem como matéria prima tais cereais citados anteriormente. Em relação a rotulagem desses alimentos, os consumidores com essa restrição alimentar podem identificar o selo “Glúten Free” nos produtos.

Leia também: Farinhas Alternativas: não é só a de trigo?

Diabéticos

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é o quinto país com o maior número de pessoas diabéticas, e a previsão é que em 2030, ela incida sobre 21,5 milhões de brasileiros.

Caracterizada pela elevada presença de glicose no sangue, a diabetes está relacionada com a ação da insulina. Quando esse hormônio apresenta uma falha na ação ou há uma falta do organismo, resulta no acúmulo de açúcar no sangue. Logo, a alimentação deve ser um fator importante para manter os níveis de açúcar aceitáveis, além de outras medidas.

Leia também: Alimentos Funcionais: um nicho de mercado em expansão

Alimentos restritivos no mercado

Os alimentos que atendem as pessoas com restrições alimentares, ao serem comparados com outros alimentos, são relativamente mais caros. Isso se deve ao fato de que as técnicas ou matérias primas substitutas agreguem maior valor ao produto, além de se tratar de um nicho de mercado específico.

Outro ponto muito importante desses alimentos é a sua rotulagem. Possuir um rótulo onde as informações são claras facilita o entendimento e a identificação por parte do consumidor. No Brasil, quem regulamenta as questões burocráticas para a rotulagem de alimentos restritivos é a ANVISA. Dentre essas legislações, estão:

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